sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Felicidade às avessas


E aí, pediu permissão pra ir aonde hoje? Descobriu o que queria ser pela manhã? E agora, quais são seus planos antes de ir dormir? Ao deitar na cama ontem no que tanto pensou? Não, não vá. Espere. Volte com teu amargo. Misture-se ao meu doce. Deixa eu secar essa lágrima que está caindo. Abra a porta e veja o que acontece. Entre e sente-se, de preferência na cadeira de balanço. Acomode-se sobre os meus peitos e feche os olhos, deixe o cafuné por agora. Apenas fique por um tempo. Tome um café, por que a vida era assim. Às vezes, o café tinha açúcar. Outras vezes apenas um chocolate mesmo. Do "Sonho de Valsa", quem sabe a dança não saia de verdade. 

Lembra daquela dia em que a felicidade foi às avessas, que você sorriu demais. Que me olhou demais. Que estava me contando piadas. Lembra daquela piada idiota e das risadas que dei, que você riu mais delas do que da piada em si. A felicidade foi às avessas, por que foi espontânea. Não, não fui embora. Permaneci ali. Revoltei-me, dali não saiu nada que prestou. Continuamos ali. 

Confesso que meu coração estava ferido por amar demais. Talvez por ter amado de um modo errado. Sei lá. Confesso que meu coração não ficou parado, nem tão entusiasmado. Ousadia foi eu ter ousado descobrir a "felicidade às avessas" sem você aqui. 

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