Querido outro dia cheguei a sonhar que você estava entrando na igreja e que estava lá pronta entrando. Será que não sonhei uma coisa inversa? Não sei sonhei mesmo. Sei apenas que, ao final, tudo estava lindo depois de tantos choros. Que você estava lá me esperando, pegou-me no colo e rodamos como bobos apaixonados. Por que estávamos assim. Éramos assim. Aquele clichê era certo: "ele era dela, ela era dele". Tínhamos entendido que os pares não possuem mais somas, um exemplo? Dois virarem três. Há não ser que o terceiro fosse sentido em sua barriga, no momento, em que suas mãos a tocassem e fossem sentidas emoções inexplicáveis.
Confuso estava eu de achar que era real, por que foi real naquele dia em que rodamos. Hoje você seguiu. Ela aprendeu a rir. Achou um novo, comprou uma nova casa, criou e cuidou "do sentimento" - o friozinho na barriga - que estava sendo sentido na barriga naquele dia. Formulou uma nova vida e a viveu. Faltava encontrar um novo amor. Quando estava perto, aí você voltou. Imaginação. Talvez por engano. Quem sabe equívoco. Felizmente, ao coração dela e ao próximo que seria o motivo de sua alegria, ela não abriu a porta.
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