sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Amavas


Tivestes amado por um tempo indeterminado, perdes a chance de tê-la. Voltastes a correr atrás. Foi tão intenso, quanto à vontade de viver. Amavas por que era puro. Amavas por que gostava disso, não por obrigação. Amavas pelos sentidos aguçados. Amavas por que se permitias a isso e querias isso mais do que aquela tarde no parque no verão andando de patins. Amavas por que tinha perdido muito tempo imaginando como seria e não queria mais perder o prazo de vida. Amavas a liberdade que possuía. Ela era amada. E amavas tão intensamente quanto o cobertor que à aquecia no decorrer daquele inverno. Amavas tão docemente quanto o café que tomava pela manhã. Amavas lindamente como o sorriso da mulher em si. Amavas rebeldemente como um adolescente. Amavas pelo fato de poder amar, não pela ideia de amar.  

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