segunda-feira, 24 de setembro de 2012

E naquele velho!

E naquele velho compasso a transitoriedade foi a fundo. E naquela velha casa habitava dois corações apaixonados. Inteiros. Ela haviam aprendido o modo de fazer durar quando algo era errado. Lembra aquele dia em que você ficou no seu travesseiro chorando, pois achava que ele não te amava? Então, ele ama. Só que ao modo dele. De um modo estranho, mas ama. 

Sabe aquele dia em que você, menina, afastou os móveis da sala. E sem música começou a dançar. Na verdade, imagina apenas uma música: Califórnia King Bed - Rihanna. Lembrou da tradução e começou a fazer aqueles velhos passos que só você e o espelho do seu quarto conhecem - refletem. Foi aí que quando você deu a pirueta e parou de frente à ele - o espelho. Olhou-se e ficou pensando. Aonde você estava, que sentido sua vida estava tomando. 

Realmente, foi ali naquele "cara a cara", que você viu brotar uma lágrimas desses olhos cor de mel. Queria afundar-se em algum buraco com vergonha da solidão. E notou que a ela - a solidão - temos que abrir a porta quando ela atreve-se a bater. Afinal, quanto mais a evitarmos mais encrustada ela fica. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário