sábado, 2 de junho de 2012

Menina


Uma menina ingênua, com olhares foscos e profundos. Tristes, escuros e profundos como o mar. Misteriosos como o céu. Vivos como os pássaros, livres como as vontades. Obrigatória como as escolhas. Intensa como as razões. Secreta como as lágrimas. Motivada como os sorrisos. Movida por emoções. Anda com os pés. Pequena no coração e grande no amor. Ama com vontade. Mais é com vontade, quando magoada, que deixa de amar. Mais perdoa. Ah, mas esta menina, que é simplesmente uma menina, volta. Aí ela perdoa. Ri. Alegra-se. Aí ela torna-se impercepitível como o vento. Passageira como os aviões. Líquida como a água, mas necessária para algumas pessoas. Está pequena menina a quem vos fala é consequente, é real. Ela é uma mistura de fantasia, arrependimento e maravilha. Aquela velha menina, que pergunta assim: "um pássaro voa com uma asa só?". Será que ela vive de verdade? Será que ela pensa de verdade? Será que ela é uma boneca de verdade? Será que o era uma vez acabou? Ah, minha doce e linda menina, aprende que audácia não é costume é virtude. Que a tal da paciência é uma parte de você. Aprende, minha menina, que os costumes são costumes. Que a vida é dura, mas o seu sorriso é doce. Que os sonhos estão longe, mas suas cochas estão duras. Que as palavras voam, mas pesam com o tempo. Que o vento é invisível, mas toca-lhe o rosto abstratamente suave. Que os desenhos são peculiares e possuem situações irrevogáveis, mas a sua vida é uma escrita real. Ah, minha menina, escute a voz do teu coração e aprenda a não confundir as razões. Minha doce menina, tenha fé. Por que a força vem daí de dentro.

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