sexta-feira, 15 de março de 2013

Velha infância

Tortura.
Fato irrelevante. 
Apareceu e sumiu. 
Voltou e assumiu 
que por um amor sorriu. 
Sai de casa. 
Andei na rua, encontrei a moça formosa. 
Olhei-te profundamente. 
Tranquilo e suave sobrevivi. 
Intenso foi e está sendo o que vivi. 
Decorou o bilhete, deixado sobre a mesa, de tanto ler. 
Fale-me a sensação de ser. 
Escute. Querida, ouça bem o que lhe digo:
"No fundo desse buraco, a morte é um abrigo. 
Viver é um perigo, para quem quer correr o risco".
Aprendeu bem o que a vida pode ensinar. 
Dali saiu e veio "pra cá". 
De solidão não morreu, por sobre um fio de aço andar. 
De saudade não viveu, por que soube quando matar. 
De vontade lutou para o fim longe ficar. 
Engraçado, como soube bem aproveitar. 
Este laço eterno a tesoura está a cortar. 
Não sei quem sou, nem quem poderei ser. 
Mas sei que posso crer. 
Senti nostalgia da velha infância. 
Mas como poderia matar aquela criança?
O tempo não fez, pois como dizem: 
"Quem envelhece é o corpo, por dentro somos 'juventus'".
O destino lança a sorte e você absorve.

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