Fato irrelevante.
Apareceu e sumiu.
Voltou e assumiu
que por um amor sorriu.
Sai de casa.
Andei na rua, encontrei a moça formosa.
Olhei-te profundamente.
Tranquilo e suave sobrevivi.
Intenso foi e está sendo o que vivi.
Decorou o bilhete, deixado sobre a mesa, de tanto ler.
Fale-me a sensação de ser.
Escute. Querida, ouça bem o que lhe digo:
"No fundo desse buraco, a morte é um abrigo.
Viver é um perigo, para quem quer correr o risco".
Aprendeu bem o que a vida pode ensinar.
Dali saiu e veio "pra cá".
De solidão não morreu, por sobre um fio de aço andar.
De saudade não viveu, por que soube quando matar.
De vontade lutou para o fim longe ficar.
Engraçado, como soube bem aproveitar.
Este laço eterno a tesoura está a cortar.
Não sei quem sou, nem quem poderei ser.
Mas sei que posso crer.
Senti nostalgia da velha infância.
Mas como poderia matar aquela criança?
O tempo não fez, pois como dizem:
"Quem envelhece é o corpo, por dentro somos 'juventus'".
O destino lança a sorte e você absorve.
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