sexta-feira, 15 de março de 2013

Aquele passado

Bateu na porta, entrou. 
Sentou, olhou, reparou. Pigarreou. 
Secretamente olhava as formas da menina crescida. 
Admirava. Tinha certeza não era só vertigem. 
Era a menina da velha infância naquele bairro. 
Inconveniente fora sua paixão por ela naqueles tempos. 
Doce, palpável, estrangeiro e amedrontador.
Doce ilusão. 
Palpável face e corpo a corpo. 
Estrangeiro o coração.
Amedrontador as escolhas que aquilo levará. 
A frase ficava pelo avesso. 
Passou um tempo e não lembravam-se de muita coisa. 
Mas o sentimento estava quieto. Viram-se, o passado virou presente. 
Ela decidiu não revirar aquilo. 
Mas ele continuou batendo na porta, entrou.
Sentou, olhou. Desta vez abraçou. 
Que incrível... Secreto, agora, foi o que sentiram:
Uma amizade inocente de uma mente carente de "doces" lembranças. 
O passado era essas "doces" lembranças. 
Entreolharam-se novamente, 
E com os olhos fitaram: "é um conto de falhas, que nos deleitemos então".

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