Bateu na porta, entrou.
Sentou, olhou, reparou. Pigarreou.
Secretamente olhava as formas da menina crescida.
Admirava. Tinha certeza não era só vertigem.
Era a menina da velha infância naquele bairro.
Inconveniente fora sua paixão por ela naqueles tempos.
Doce, palpável, estrangeiro e amedrontador.
Doce ilusão.
Palpável face e corpo a corpo.
Estrangeiro o coração.
Amedrontador as escolhas que aquilo levará.
A frase ficava pelo avesso.
Passou um tempo e não lembravam-se de muita coisa.
Mas o sentimento estava quieto. Viram-se, o passado virou presente.
Ela decidiu não revirar aquilo.
Mas ele continuou batendo na porta, entrou.
Sentou, olhou. Desta vez abraçou.
Que incrível... Secreto, agora, foi o que sentiram:
Uma amizade inocente de uma mente carente de "doces" lembranças.
O passado era essas "doces" lembranças.
Entreolharam-se novamente,
E com os olhos fitaram: "é um conto de falhas, que nos deleitemos então".
Nenhum comentário:
Postar um comentário