quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Ao som do amor

Leia isto ao som de "Birdy - Tee Shirt".


Ela era o sonho de amor mais doce que alguém poderia sonhar na vida. Ela era amarga na medida e indecente com discrição. Ela guardava mais dentro de si do que os céus poderiam desconfiar. Cada lágrima que ela derramava era recompensada no sorriso que ela dava. Deus! Ela mexia com minha mente, com minhas vontades. Ela confundia meus instintos. E ele? Bom, ele era aquele amor de verão, porém não passageiro. Era de uma vida. 

Ele interpretava os sinais dela. E quando ele dirigia, após passar a marcha do carro, pegava na mão dela que estava sobre a perna dela e outrora sobre a perna. E apertava com vontade. E isso o fazia sentir que era pra vida toda. Ele gostava de usar argumentos variados e sonhar alto. Ela mantinha o pé no chão na medida do possível também. Completavam-se. Mas porquê completavam-se? Uma resposta bastante longa. Vamos procurar definições.

Quando ele a olhava sentia as pernas tremerem. Teve uma vez, uma semana após o aniversário dele de dois anos atrás, foi num sábado. Eles combinaram de ir a uma livraria. Encontraram-se na estação de Taguatinga e foram rumo ao destino. Chegando lá, andaram cerca de trinta minutos da estação até o CasaPark e foram conversando, rindo, distraindo-se e provocando-se com palavras. Não era amor, era amizade. Mas o amor estava começando a nascer. 

Ele estava deitado no colo dela. Ela começou a fazer cafuné e ele fechou os olhos. Olhava-o com tanto amor, com tanta doçura e pensava que aquilo poderia ser o inicio de uma vida. Amor não é definido pelo que pensamos das pessoas e, sim, pela forma como as vemos. Ou seja, se quer saber se ama, apenas olhe no olho da pessoa. Você acha que seu coração irá disparar de primeira. Só que antes é necessário compreender que a capacidade humana vai além do que imaginamos. 

O amor ele não pode ser resumido ou traduzido. Ou você toca ou não toca. Ou sente ou não sente. Ela imaginava que era amor, por que ao acordar pela manhã e quando o sol entrava, ela só pensava nele. E na possibilidade dele pensar nela também. Nas infinidades de momentos tranquilos. Ela sonhava de uma maneira simples, mas não objetiva. Ela sonhava, por que era uma mensagem que nunca seria deletada. Ou por que era uma caminhada que não era só. 

E quando a gente pensa que está só, vem isso e nos mostra que é possível viver de nós. Ou de nós mesmos. Um nó lindo e delicado. Se apertar demais, machuca. Se soltar demais, fica para trás e você continua andando para frente. Ela se dava o direito de sonhar, por que compreendia que poderia passar a dormir tranquila. Que se pode, sim, ter apenas um número (de telefone) para cada momento da nossa vida. Desde que não tenhamos medo de não permanecermos pela metade ou completos. 

O final é imprevisível. Por isso, sinta-se verdadeiro para poder sentir que é capaz de sacudir o mundo inteiro. 

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