sábado, 5 de maio de 2012

Meu amor, aprendeu a voar!

Lembro-me daquele dia com perfeição, conversamos e entramos em comum acordo, aí o tempo foi passando, as coisas foram se arrumando sozinha, passei a ficar mais tempo no meio daqueles gosto pra não sentir você tão vivo aqui dentro. Passei a rir e, sinceramente, as gargalhadas eram misturadas a dor e a alegria de um amadurecimento. Isso aconteceu e acontece de fato.

Aliás, estou bem. Não tanto quanto gostaria. Mais os amores aprendem a voar. Amar não é um sentimento de obrigação, é um sentimento espontâneo que apenas nasce de onde menos esperamos. E quanto mais corremos atrás dele, menos o veremos e sentiremos. Sabe o que é? É que, ultimamente, bateram na minha porta quando abri não tinha ninguém. Mais quando olhei pra cima observei uma caixinha linda.

A cor da caixinha era uma mistura muito doida de azul com branco e uns enfeites. Os enfeites eram de pássaros, todos os tipos. E borboletas também, uma mais linda que a outra. Ah, mas como era linda a caixinha. Em volta dela a fita de presente era envolvendo a caixinha em um círculo logo abaixo havia um nó, a fita era linda. Ela tinha sete cores diferentes. Cores sensíveis e amigáveis. Me identifiquei com aquilo. Magnífico.

Daí, meu amor, eu aprendi a voar. Aprendi também que não é obrigação. Que sou do mundo. Não sou eterna e o que me faz ficar é a forma como ama, como as pessoas agem, como eu me vejo na situação. Daí, meu amor, eu percebi que posso tirar as melhores coisas. Daí, meu amor, eu passei a ver cores sensíveis dentro de mim. Daí, meu amor, eu aprendi a voar. Daí, meu amor, eu vi que amar é amar. Não importando-se da forma como se ama, desde que ela não seja egoísta. Daí, meu amor, eu aprendi a voar. Daí, meu amor, eu passei a me amar.

Não é que esteja esperando sentada na varanda. Por que, simplesmente, isso me desgastaria demais. Resolvi esperar de uma outra forma, apenas vivendo. Deixando-me viver. Deixando-me sorrir. Deixando-me livre. Assim, como os pássaros resolvi ir pro sul e fazer algumas curvas. Essa história de andar reto nem sempre agrada. Acho que, meu amor, é momento de amadurecimento. Assim, posso dizer: "meu amor, aprendeu a voar!".



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