Vieram me propor uma coisa louca:
Faça dos seus ouvidos pínicos e dance como uma bailarina sem música.
Invente a sua religião e creia em suas palavras.
Irão lhe tachar como uma louca, uma exacerbada, mas não buscam compreender o que está escrito nas entrelinhas.
As pessoas buscam solidão à medida que não tem mais uma imensidão.
Amadurecer requer um sentimento de sensibilidade que, por vezes, pode atrapalhar mais do que lhe ensinar a dizer "não".
Malvados são os que que não inventam o seu próprio castelo. E vem me falar que devemos viver a realidade.
Sim, devemos viver a realidade. Mas uma dose de loucura e doçura também são sinais de pureza.
Se cada linha que escrevo não é Deus falando comigo, então o que poderei alegar?
Sim, é Ele. E não somente Ele.
Você vem me falar de normalidade, de esquecimento, que temos que aprender a conviver com a dor e todas essas coisas que pessoas costumam dizer - até mesmo, eu. E não percebe que não penso em ficar presa somente nessas quatro paredes e mostrando o quanto viajo em meus pensamentos.
Vieram me propor uma nova forma de viver. Como assim?
Bom, vieram me dizer que você é dono do seu destino e que a vida é feita de escolhas. Que tenho que parar de ficar propondo apenas o que querem que eu proponha, pois eu não tenho que viver à margem daquilo que acham para ser aceita.
Eu faço uma proposta contrária:
Te desafio a virar pra mim e dizer que é feliz sem Deus, a me falar como o mundo surgiu e, mais ainda, te desafio a escolher um caminho.
É engraçado eu envolver amordaças sociais em questões pessoais, já que os meus sentimentos são regidos pela minha sensibilidade e não pela suas mãos.
É um dom confuso "o propor" para as pessoas. É um desafio imaginar argumentos para provarmos algo para alguém. E o mais difícil é qualificar a vida como uma proposta, sendo que nem um negócio ou jogo é.
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