quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Pensamentos Moralistas

     

    Confesso que tenho esses pensamentos moralistas. Que não possuo a mágica para compreender a mim mesma. Confesso que, assim, torno-me crítica demais e qualquer coisa fora do comum acaba sendo inaceitável. Que pareço uma senhora de 50 anos que nunca errou e busca sempre a imagem perfeita. Já cai e, mesmo assim, o pensamento moralista não vai embora. Continuo me preocupando se você se dará mal ou não, se você vai terminar o trabalho ou não. E quando você me interroga sobre o que é viver, apenas digo que é assumir as responsabilidades e fazer o que tem que ser feito. Mesmo que pra isso tenhamos que sentir dor. 

     É estranho descrever-me assim. É esquisito expor meus defeitos moralistas. Ainda mais correndo o risco de colocar minha ética e moral em cheque através dos meus erros. Mas no meu pensamento moralista tenho comigo que não quero transmitir uma imagem daquilo que não sou. Aí já entra a questão de escolha. Eu me mostro, mas depende de você o que será definido sobre minha personalidade no quesito particular para o geral. Vamos lá na frente e faça um discurso de indução e dedução. 

   Vamos expor as suas verdades do individual para o particular e do particular para o geral. Demonstre a personalidade contraditória que eu tenho e me imponha regras, por que sou jovem e, ainda não aprendi a obedecer. Isso é um fato. A questão de não obedecer é não fazer o que... O que não me convém. Não quero me fazer mal, mas é automático. E o meu maior pecado moralista é achar que não devo ser feliz e me culpar por questões que acontecem mundo a fora. 

    Falo demais e sofro as consequências no individual. Mas se tem uma coisa que não vou fazer é ficar esperando sentada uma reação. Prefiro esperar deitada, assim descanso a coluna e tiro um cochilo. Sim, isso foi cômico. Afinal, sobre definir-me, é trazer à tona várias teorias, já que sobre a criação do mundo há várias. Todavia, há apenas uma verdade: o "sei" que significa compreender, mas não entender; explorar, mas não saber; querer, mas não entender o limite. 

    Os meus pensamentos moralistas me matam e me definem, me socorrem e me agridem. Me limitam e, ao mesmo tempo, me ensinam a sambar. Posto que não somente no mês de Fevereiro, mas enquanto eu viver. Os meus pensamentos moralistas fazem com que eu me interrogue cada vez mais e, ao mesmo tempo, faça exclamações definitivas. Fazem com que eu seja conservadora e liberal, pois ninguém na vida é nada cem por cento. 

      Se você quer saber, os meus pensamentos moralistas fazem com que eu não te trate bem nem mal, faz com que eu te trate como um ser humano apenas. Fazem com que eu escreva sobre a minha liberdade particular. Já que a liberdade real e pura adquiro à medida que possuo bom senso também. Só que com uma diferença do Direito positivado: quando tenho que resolver problemas não posso dividi-los em varas e juizados especiais, apenas tenho que buscar resolvê-los da melhor forma. Tendo dor ou não. 

O que você me diz disso?
     Digo que quero ver o sol se pondo e a noite caindo, que a realeza seja ensinada e aprendida. E não consentida. E que você não abra mão daquilo que você denomina de "seus princípios". Porque quando não se abre mão disso, no final você poderá dizer o que sobrou dos "pensamentos moralistas". Não é uma lição de moral. É a dura lição do seja feliz, menina. Mas aprenda que errar também faz parte, Aryadine. 


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