quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Aquilo que Sou


Digo que sou um réu confesso, que compartilho coisas fofas no Facebook, que me proponho a não estudar, porque sou "foda". Que sou uma mulher no disfarce de menina, pois a vida assim não machuca tanto. Ocupo o posto de meiga, mas não quero oferecer somente isso. Quando eu lhe mostrar a face grossa, compreenda. Não é pedir demais. Sou uma ré confessa. E para o que você pensa eu estou ligando sim., 

Vou inventar meus sonhos de acordo com o que você espera de mim e desmontar-me por inteira. Isso é uma consequência da preocupação com o seu bem estar, mesmo você não estando preocupada com o meu. Ironia seria eu abrir mão daquilo que te preocupa em prol do que a vida tem pra mim. Sou uma ré confessa daquilo que você planejou para a minha vida. Nego aos meus desejos, aos meus pensamentos e ao meu entendimento e me proponho seguir teus passos. 

Vamos seguir juntos a um compasso de balé do pássaro negro. Enquanto, que aquilo que sou vai se esvaindo. 

E, assim, exclamo:
"Tá, chega! Agora, de você não quero mais saber. Estou em um quarto escuro, pois você sumiu pássaro negro e não sei para onde seguir". 
- "Estou aqui, seguidora". - Diz o pássaro. 
- "Por quê estas fazendo isso comigo?"
- "Porque você abriu mão de si e quis me seguir. Sou um pássaro negro e não uma águia que se renova por um processo doloroso". 

Nessa parte rezo para que essa venda negra saia dos meus olhos e que essa crônica seja direta ao que quero expressar. No agora me proponho a viver de mim, em minha companhia, em minha fé. Nessa parte compreendo que para ser transformada, necessito antes de mais nada da dor. Sendo assim, sou uma ré confessa do drama e da arte de abrir mão de mim mesma. Quanto comodismo, ré confessa!

E li uma vez que a vida é um caminho convergente, que nos danificamos, mas podemos ser consertados também. 

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