terça-feira, 22 de outubro de 2013

Um tanto de mim...


Era um segredo que guardava na alma,
Eu era definida, pelo meu pai, como uma menina. 
Mesmo com 18 anos na cara. 
Mesmo querendo adquirir liberdade de um pássaro. 
E contendo a meiguice de um cachorrinho doméstico. 
Sequelada por sua infância.
Traduzida nas linhas de seus pensamentos. 
Profunda nos seus olhares, 
mas para quem sabe ver. 
Não somente olhar. 
Não sentia atração por corpos.
 E, sim, por educação, por braços, olhos, 
sorrisos e a profundeza.
"Rapá", em ti, olha quanta lerdeza. 
Amorosidade é o seu andar. 
Esquecer o que irá te marcar.
Não consigo compreender o que se passa aqui dentro. 
Penso em não arriscar. 
Mas o futuro é um "pescar":
às vezes, dá certo; às vezes, dá errado. 
Que agonia que cresce em minh'alma. 
Que segredos correm por minha veia?
O que o futuro me reserva?
Que maldade, esta, despertar minha curiosidade. 
Melodia leve... Quase como uma insonia. 
Foi assim, viu? Que me vi na sua confusão.
Foi aí que perguntei-me:
Quanta redundância pode caber num poema?
Quanto amor pode caber num coração?
Quanto romance pode haver no mundão?
Quanta prece pode caber numa oração?
Quanto pensamento pode haver no meu "travesseirão"?
De pouco em pouco, vou me conhecendo. 
Fiz meu carrossel. 
Fui a padaria e comprei daquele mel. 
Quanta gostosura. 
Até os 13, mantive-me uma moça pura. 
É... Pura das maldades do mundo. 
Daí pra cá, coube somente borrões e emoções.
Cresci, mas não amadureci. 
Compreendi e não esqueci. 
Clareza não é meu forte. 
Mas ser o que eu tenho que ser agora...
Ah, essa arte está fora da minha dominação. 
Quero me conhecer. 
Aí chego e apresento-me, assim: 
"Prazer, pura confusão. Queres me dar um nome?"
Que chato! Que melódico! Que triste!
Sonho com um casamento no domingo à tarde, 
permaneço inerte, perante à, na vontade de estudar. 
Conquistei mais textos em 5 anos de escrita, 
do que saídas em 18 anos de vida. 
Agora, é a minha vez de começar a saborear...
Aquilo que o mundo tem pra me apresentar. 
Respirarei fundo para agarrar
Aquilo que Deus, para mim, desenhar. 
As novelas de fim de tarde. 
Dançar ao som do silêncio. 
Descobrir que me mutilo, 
quando tento ser forte sozinha. 
Consequência: uma cicatriz no meu pulso esquerdo. 
Meu mais fiel segredo... Preste atenção, na linha acima!
Localidade: meu mundo à esquerda. 
Que "doidera"!
Pretendo oferecer as pessoas 
um pouco mais de gentileza. 
Tudo isso você pode descobrir somente no meu olhar na foto. 
Sou, assim, humana.
Em mim, sempre haverá ou houve o infinito. 
Dar-se o finito a outro ser. 
Quero poder, futuro, te conhecer. 
Poder dizer ou ter. 
Mesmo que por um dia, 
somente ria. 
É o que o hoje me trouxe de presente.
Um pai, uma mãe, uma amiga...
Menos um cargo de presidente. 
É, eu sei... É loucura. 
Mas estou em busca da cura. 
Por isso, saúde a você que leu (até aqui, no caso).

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