terça-feira, 5 de abril de 2011

A FLOR E O CACTO ...


A flor age pela emoção. A flor faz acontecer e não pensa. Mesmo se decepcionando continua com sua beleza exterior e, principalmente, a interior mais viva e limpida do que nunca. Ama como se não houvesse decepções do passado, vive como se não houvesse o amanhã, respeita como se não a desvalorizassem. Chora sem vergonha de ser ela mesmo ou do que vão falar. Grita nos extintos mais selvagens e nem pensa em machucar a quem lhe machuca. É fiel a quem menos se espera ser. Tenta se liberta das visões rispidas, não gosta de regras banais, muito menos de ser contrariada.

A flor sempre ao final de alguma decepção ela procura um mar de rosas. Tem certeza que depois da miséria, ou das tempestades sempre virá algo melhor. Acho que a flor tem que passar se entender melhor, compreender que um dia ela prometeu que não deixaria nada tirar o sorriso dela, mas está deixando isso acontecer. Agora, ela está aprendendo a viver no mundo do cacto.

O cacto é uma planta do deserto que não sabe se definir, há não ser pelos métodos seus ao mostrar os próprios espinhos. Nem sempre as coisas nascem de acordo com as regras. Nem sempre o mundo a permite falar. Nem sempre as pessoas aprenderão a compreendê-la, mas tenha certeza uma coisa: agora a flor está entrando no mundo do cacto, vendo como ela se sente realmente. Mesmo vivendo com algumas pedras ao redor.

As coisas estão acontecendo por algum motivo que nem mesmo ambas sabem explicar, mas sabemos que o hoje é apenas o hoje, amanhã ambas podem se reinventar. Pois, o mundo as dá o direito para isso e para escolher o futuro do destino. Talvez, o livre-árbitrio seja para modificar um pouco o futuro de ambas. Uma quer arriscar até naquilo que pode ultrapassar os limites, a outra modifica algumas coisas da própria vida.

O cacto sabe os limites do mundo real, a flor não vive com limites. O cacto respeita as regras, a flor as modifica. A flor corre riscos, o cacto "foge" deles. A flor gosta do saber viver, o cacto do saber ouvir e aconselhar. A flor vai até o fim mesmo se ferindo e o mais impressionante é que mesmo se magoando ela levanta como se não tivesse se magoado. O cacto se modifica a cada dia, vai se reinventando passo a passo para respeitar os próprios limites, mas o impressionante é que ela não consegue impor limites para as próprias palavras.

Agindo uma pelo verso da outra, a flor inconsequente, o cacto pé no chão. A flor cantaró-la pelo mundo, o cacto vai falando. A flor vai mostrando que pode e que consegue, o cacto tem uma face para proteger-se de si mesmo. A flor gosta do inusitado, o cacto gosta de manter-se na beira. A flor gosta das quietudes, o cacto gosta das aventuras. A flor move-se como uma brisa, o cacto vai de acordo com o vento. Mas quando é para ir contra ele a personalidade aflora-se e ninguém é capaz de conter suas palavras.

"Aceite o cacto como és, que a flor já és aceita. Não tente mudá-la, o cacto é livre à maneira dela. Se realmente a flor considera o cacto sua amiga, então, não tente mudá-la. Pois, assim o cacto sempre será verdadeiro. Se realmente houver amizade, as coisas acontecerão com o tempo. Insista no certo, o cacto tem o dom de fazer o certo."

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